Novas restrições Meta Ads: sabe como adaptar as tuas campanhas

Nos últimos meses, a Meta Ads tem implementado novas restrições na recolha de dados que têm afetado algumas marcas e terão impacto em muitas outras. Estas restrições têm como objetivo evitar a recolha de informações que possam indicar condições médicas específicas dos utilizadores.

Significa isto que, se um utilizador visitar uma página de um serviço ou produto que menciona explicitamente um problema relacionado com as categorias de saúde e bem-estar e, de seguida, avançar para o agendamento de uma consulta ou para a compra de um produto, esses dados deixam de ser rastreáveis para otimização posterior de campanhas. 

E a razão para estas restrições é que este comportamento pode revelar informações de saúde sensíveis e entrar em conflito com determinadas regulamentações, como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) na União Europeia e a Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA) nos Estados Unidos.


O que está a ser bloqueado pela Meta Ads?

Vamos a um exemplo prático: imagina que um utilizador tem gengivite e clica num anúncio de um tratamento para este problema dentário. 

Anteriormente, ao visitar a página do serviço e agendar uma consulta, a Meta Ads registava esse comportamento, permitindo assim otimizar campanhas futuras com base nos dados recolhidos. Atualmente, com as novas regras, este tipo de rastreamento já não é permitido. 

Com isto, a Meta pretende evitar que os anunciantes consigam inferir problemas de saúde específicos e utilizem essa informação para segmentação de anúncios.


Como adaptar as estratégias e campanhas às novas restrições?

Há sempre formas de garantir que as tuas campanhas continuam a ser eficazes e estão em conformidade com as novas restrições da Meta Ads. Explicamos-te como: 

  • Reformula as mensagens: em vez de mencionares uma condição específica, foca-te antes em benefícios gerais. Por exemplo, substitui “tratamento para gengivite” por “soluções para um sorriso mais saudável”;

     

  • Foca-te em sintomas e não em diagnósticos: mais uma vez, utiliza mensagens que abordam sintomas gerais em vez de mencionarem problemas específicos. Por exemplo, perguntar se “sente desconforto ou sangramento nas gengivas” é aceitável, mas referir explicitamente “tratamento para gengivite” pode ser problemático;

     

  • Revê o conteúdo do site: a verdade é que não basta apenas ajustar as mensagens dos anúncios. Se o teu site tem páginas que abordam diretamente problemas de saúde ou bem-estar, pode ser identificado como um site de “tópico sensível” e perder o rastreamento de ações importantes. 


Contornar as restrições é uma boa ideia?

Alguns anunciantes têm explorado soluções alternativas, como o uso de eventos personalizados, para evitar o bloqueio do rastreamento. Há até relatos de que alguns representantes da Meta sugeriram esta abordagem de forma informal. No entanto, há um risco claro: esta abordagem pode violar os termos da Meta Ads e levar a sanções mais graves, tanto a nível de conta publicitária como a nível legal. 

A melhor estratégia é adaptar a abordagem para garantir que as campanhas continuam a ser eficazes, sem depender de dados e informações que podem ser consideradas sensíveis. 

De qualquer forma, existe sempre a possibilidade de apelar, sendo que categorias como a medicina dentária, dermoestética e suplementos alimentares estão numa “zona cinzenta” e podem escapar – desde que com a argumentação certa.


Desafio ou oportunidade? 

É evidente que as novas restrições da Meta Ads representam um desafio. No entanto, ao pensar em novas soluções para adaptar estratégias que estejam em conformidade com as regulamentações de proteção de dados, é possível continuar a alcançar objetivos de forma eficaz e com ética. 

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