Sim, é oficial! O Google começou a indexar conteúdos do Instagram. Um passo importante que muda a forma como as marcas devem olhar para as suas estratégias digitais.
Antes do anúncio oficial, a Itália foi o primeiro mercado a testar esta funcionalidade. Mais de 600 mil reels foram indexados para cerca de 660 mil palavras-chaves, com alguns a alcançarem o 4.º lugar nos resultados de pesquisa. Isto demonstra o forte investimento do Google nesta integração e antecipa o impacto nas estratégias de SEO.
Não se trata apenas de uma atualização técnica, mas sim de uma mudança que une as redes sociais aos motores de pesquisa. E se até agora os conteúdos do Instagram ficavam confinados à plataforma, esta mudança abre um novo canal de tráfego orgânico para alcançar públicos com elevada intenção de compra.
Mas afinal, o que muda e como é que as marcas podem tirar partido deste novo paradigma? Explicamos tudo neste artigo.
O que muda na prática?
Com esta novidade, o Google passa a exibir publicações do Instagram (imagens, vídeos, carrosséis e reels) diretamente nos resultados de pesquisa, associando-as a palavras-chave relevantes.
Por exemplo, um utilizador que pesquise por “ideias de decoração para quartos” no Google, poderá encontrar, logo nos primeiros resultados, publicações do Instagram – conteúdos estes que podem competir com artigos, e-commerces ou sites institucionais.
De forma resumida, o conteúdo da tua marca pode agora ser ranqueado como qualquer outra página web, tornando-se numa verdadeira ferramenta de tráfego orgânico.
Na prática, isto significa que:
- Os conteúdos ganham visibilidade fora da rede social;
- As publicações passam a atrair tráfego orgânico, sem necessidade de anúncios;
- A performance no Instagram passa a influenciar a presença digital global da marca.
Mas para que isto seja possível, é necessário cumprir três requisitos base:
- Ter uma conta profissional (de negócio ou criador);
- O perfil ser público;
- E o proprietário ter mais de 18 anos.
Qual o motivo por trás desta decisão do Google?
Esta aliança entre a Meta e o Google é uma resposta direta à mudança de comportamento dos utilizadores, especialmente da Geração Z. Segundo um estudo da YPulse, quase 40% dos jovens preferem pesquisar no TikTok ou no Instagram em vez do Google, principalmente para encontrar recomendações e inspiração.
Assim, esta é claramente uma forma de reforçar a visibilidade dos conteúdos do Instagram e manter a relevância do Google, oferecendo resultados mais visuais, autênticos e adaptados ao comportamento do utilizador.
Qual o impacto para as marcas e criadores de conteúdo?
Num cenário digital cada vez mais multimodal, esta mudança reforça um ponto-chave: já não basta criar conteúdos apelativos e “instagramáveis”. É preciso otimizá-los para serem encontrados.
Por isso, se tens uma conta profissional e pública, os teus conteúdos estão oficialmente aptos a aparecer no Google. E isto muda tudo:
- Valorização do conteúdo evergreen: conteúdos com dicas, tutoriais e inspiração ganham mais força;
- SEO como estratégia: a estrutura do perfil, legendas, hashtags e alt tex tornam-se mais relevantes e influenciam o ranking;
- Novos pontos de contacto: a jornada do utilizador pode começar numa simples pesquisa no Google e acabar num post da tua marca;
- Maior visibilidade: as tuas publicações podem alcançar novos públicos além dos teus seguidores.
Como adaptar as estratégias de social media?
A visibilidade orgânica começa na estratégia. E para aumentar o alcance dos teus conteúdos, pequenos ajustes podem fazer toda a diferença.
- Diversidade de formatos: aposta em formatos diversificados para aumentar a relevância e fazer face a outras plataformas como o TikTok e o YouTube;
- Legendas como títulos SEO: usa as primeiras linhas das legendas para incluir palavras-chave estratégicas;
- Alt Text e acessibilidade: adiciona texto alternativo a imagens e vídeos para melhorar a indexação por parte dos robôs;
- Hashtags como meta-keywords: seleciona hashtags com intenção e relevância;
- Conteúdo “mute-friendly”: garante que os teus vídeos funcionam sem som, através de subtítulos e legendas.
Principais desafios
Com grandes oportunidades, vêm também novos desafios que exigem alguma atenção.
1. Perda de contexto
Conteúdos criados apenas para os teus seguidores podem surgir em contextos de pesquisa mais amplos. Assim, é fundamental que cries conteúdo que funcione tanto para a tua comunidade atual, como para quem te encontra pela primeira vez.
2. Persistência do conteúdo
Conteúdos indexados podem continuar a aparecer nos resultados do Google mesmo depois de serem eliminados do Instagram. Por isso, pensa estrategicamente antes de publicar.
3. Medir a dupla performance
Com este novo paradigma, passa a ser necessário acompanhar os dados não só no Instagram Insights, como também no Google Search Console.
O que esperar a seguir à indexação dos conteúdos do Instagram?
Este pode ser apenas o início. É provável que o Google expanda a indexação para mais formatos como stories ou até conteúdos de outras redes sociais.
Assim, uma coisa é certa: as marcas que anteciparem esta transformação vão destacar-se. Estar presente já não é suficiente, é preciso ser encontrado.
SEO para redes sociais como estratégia
Com os conteúdos do Instagram agora visíveis no Google, as estratégias de social media precisam de evoluir. O que publicas pode (e deve) ser um ativo de descoberta da tua marca.
Otimizar com intenção é o segredo para transformar o teu feed num canal de aquisição orgânico, com foco num crescimento sustentável. E quanto mais cedo começares, mais depressa verás resultados.
Queres saber como podemos ajudar a tua marca a superar estes desafios? Fala connosco e descobre como otimizar a tua presença digital.